Módulo IV
Disciplina: Educação Especial e
Inclusiva: possibilidades, avanço e desafios.
Vídeo-aula
19: O todo pela parte: a questão do estigma. Por: Taciana Melo de Sá Poriz (
terapeuta ocupacional).
Visualizada
em : 02/06/2013
Vimos através da linda história de Pedro e Tina: uma
amizade muito especial de Sthephen King, que todos temos características
pessoais que podem ou não serem exaltadas e que a partir delas podemos muito
aprender com os outros, mas que elas também podem se transformar em estigmas, o
que segundo o autor Goffman:
“Estigma-
situação do indivíduo que esta inabilitado para aceitação social plena."
“um
indivíduo social que poderia ter sido facilmente recebido na relação social,
possui um traço que pode se impor a atenção e afastar aqueles que ele encontra,
destruindo a possibilidade de atenção para outros atributos seus".
Em outras palavras é o poder de fazer o outro não
conseguir ver outras coisas além do estigma, e fazemos isso todas as vezes que
dizemos uma frase, tal como, ela é deficiente, mas é muito legal.
“o que é
preciso é uma linguagem de relação e não de atributos".
“um
atributo que estigmatiza alguém, pode confirmar a normalidade de outrem, ele
não é em si mesmo, nem honroso e nem desonroso."
Foi alertado ainda na aula a diferença existente
entre o estigmatizado desacreditado e o estigmatizado desacreditável, ou seja, no
primeiro caso temos ago visto “de cara” e o outro que é percebido com o tempo,
com a convivência.
O desacreditável muitas vezes oportuniza um enxergar
além, pois o tempo foi necessário para se realizar uma relação com a criança, o
aluno, existe a possibilidade do sentir e não criar pré-conceitos, ideias pré-concebidas.
Um erro que podemos fazer é generalizar a deficiência,
acreditar que todas as imperfeições vêm daquela síndrome. Ex: Alguém falar alto
ao tentar se comunicare com um cego, ou infantilizar o diálogo ao se comunicar
com alguém que tenha deficiência física.
Existe ainda o “perigo” de minimizarmos as
dificuldades, não considerando as (in) capacidades e não notando as
capacidades.
“Erros menores, ou enganos incidentais,
interpretados com uma expressão direta de seu atributo diferencial
estigmatizado.”
Vimos que quanto maior a dificuldade/ desvantagem da
criança, mais provável que ela seja enviada á uma escola especial, pois existe
a crença de que ela ficará mais protegida junto aos seus “iguais”.
Porém é notório que a educação regular aumenta o
repertório de situações vividas com os ditos “normais”, o que ajuda na
resolução de problemas e enfrentamento de situações constrangedoras.
“O Mundo da criança não é composto somente de
pessoas com deficiência.”
É preciso
romper com a ideia de SEGREGAÇÂO para PROTEÇÃO!
Neste sentido de segregação é importante que
percebamos que todas essas concepções e formas de agir com a criança com deficiência
tem um histórico, ou seja, ela se justifica historicamente, na perspectiva de
normalização da deficiência, focando exclusivamente na pessoa com deficiência (Visão
da área de saúde, a qual a educação abraça, porem sem desconsiderar todo o
contexto, o qual a mesma está inserida).
Até mesmo a terminologia que adotamos para nos
referir á essas crianças/ alunos (Portador de Deficiência, Deficiente, Portador
de Necessidades Especiais, Pessoas com deficiência) influencia as práticas
educacionais e o ambiente escolar.
Para
romper com os estigmas, devemos quebrar com nossas certezas. É preciso
encontrar na própria prática (embasado por estudos) o melhor caminho á ser
seguido, como ilustrado na aula com o poema de Affonso Romano Sant’Anna- A
Primeira vez que entendi.
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