domingo, 2 de junho de 2013

Vídeo-aula 19: O todo pela parte: a questão do estigma. Por: Taciana Melo de Sá Poriz ( terapeuta ocupacional).

Módulo IV
Disciplina: Educação Especial e Inclusiva: possibilidades, avanço e desafios.
Vídeo-aula 19: O todo pela parte: a questão do estigma. Por: Taciana Melo de Sá Poriz ( terapeuta ocupacional).
Visualizada em : 02/06/2013
Vimos através da linda história de Pedro e Tina: uma amizade muito especial de Sthephen King, que todos temos características pessoais que podem ou não serem exaltadas e que a partir delas podemos muito aprender com os outros, mas que elas também podem se transformar em estigmas, o que segundo o autor Goffman:

“Estigma- situação do indivíduo que esta inabilitado para aceitação social plena."
“um indivíduo social que poderia ter sido facilmente recebido na relação social, possui um traço que pode se impor a atenção e afastar aqueles que ele encontra, destruindo a possibilidade de atenção para outros atributos seus".
Em outras palavras é o poder de fazer o outro não conseguir ver outras coisas além do estigma, e fazemos isso todas as vezes que dizemos uma frase, tal como, ela é deficiente, mas é muito legal.

“o que é preciso é uma linguagem de relação e não de atributos".
“um atributo que estigmatiza alguém, pode confirmar a normalidade de outrem, ele não é em si mesmo, nem honroso e nem desonroso."

Foi alertado ainda na aula a diferença existente entre o estigmatizado desacreditado e o estigmatizado desacreditável, ou seja, no primeiro caso temos ago visto “de cara” e o outro que é percebido com o tempo, com a convivência.
O desacreditável muitas vezes oportuniza um enxergar além, pois o tempo foi necessário para se realizar uma relação com a criança, o aluno, existe a possibilidade do sentir e não criar pré-conceitos, ideias pré-concebidas.
Um erro que podemos fazer é generalizar a deficiência, acreditar que todas as imperfeições vêm daquela síndrome. Ex: Alguém falar alto ao tentar se comunicare com um cego, ou infantilizar o diálogo ao se comunicar com alguém que tenha deficiência física.
Existe ainda o “perigo” de minimizarmos as dificuldades, não considerando as (in) capacidades e não notando as capacidades.
“Erros menores, ou enganos incidentais, interpretados com uma expressão direta de seu atributo diferencial estigmatizado.”
Vimos que quanto maior a dificuldade/ desvantagem da criança, mais provável que ela seja enviada á uma escola especial, pois existe a crença de que ela ficará mais protegida junto aos seus “iguais”.
Porém é notório que a educação regular aumenta o repertório de situações vividas com os ditos “normais”, o que ajuda na resolução de problemas e enfrentamento de situações constrangedoras.
“O Mundo da criança não é composto somente de pessoas com deficiência.”
É preciso romper com a ideia de SEGREGAÇÂO para PROTEÇÃO!
Neste sentido de segregação é importante que percebamos que todas essas concepções e formas de agir com a criança com deficiência tem um histórico, ou seja, ela se justifica historicamente, na perspectiva de normalização da deficiência, focando exclusivamente na pessoa com deficiência (Visão da área de saúde, a qual a educação abraça, porem sem desconsiderar todo o contexto, o qual a mesma está inserida).
Até mesmo a terminologia que adotamos para nos referir á essas crianças/ alunos (Portador de Deficiência, Deficiente, Portador de Necessidades Especiais, Pessoas com deficiência) influencia as práticas educacionais e o ambiente escolar.

Para romper com os estigmas, devemos quebrar com nossas certezas. É preciso encontrar na própria prática (embasado por estudos) o melhor caminho á ser seguido, como ilustrado na aula com o poema de Affonso Romano Sant’Anna- A Primeira vez que entendi.

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