domingo, 2 de dezembro de 2012

Vídeo-aula 18: A valorização da cultura corporal da comunidade no currículo


Disciplina: Educação Comunitária
Vídeo-aula 18: A valorização da cultura corporal da comunidade no currículo escolar. Por: Marcos Neira.
Visualização: 01/12/2012

Para falar sobre cultura corporal, a qual é uma linguagem, o referido professor iniciou a aula, falando do exemplo dos “jogos de damas”, o qual é também uma cultura corporal:
“Jogo de damas onde aquele que joga á mais tempo e conhece as regras, acaba liderando o jogo.”

Cultura Corporal: é um conjunto de conhecimento que envolve as danças, as brincadeiras, as lutas, os esportes.

Cultura e cultura corporal
* Concepção dos Estudos Corporais;
* Movimento X gestos;
* Produção da gestualidade (Um gesto tem um sentido específico, dentro de um cenário de ação corporal, como por exemplo, de uma brincadeira, de uma dança, etc. Gesto é um movimento com significado.);
* Textos corporais (significados de Mundo. Características das pessoas á partir da gestualidade, o que os permite comunicar com o Mundo).

Neste sentido: O que trazer para dentro do currículo?

Princípios curriculares Pós Critica:
* Enraizar as identidades (Qual o sentido que aquelas práticas culturais têm para aquela comunidade? Cada grupo social tem uma preferência, e isso deve ser considerado);
* Justiça curricular (A escola é um espaço que privilegia a cultura branca, erudita. Buscar equilibrar no currículo, as práticas culturais desses grupos. Presente, passado, nacionais e internacionais, lutas da zona central e interior;
* Evitar o daltismo cultural (EX: Corre Cotia, o professor pergunta. Quem ainda não foi? Dançar quem quiser... pensam que ao proporcionar a dança para cada um é que vai oportunizar a mesma experiência. Na perspectiva cultural é considerado que cada elemento corporal foi incorporado de forma diferente e então teremos desempenhos diferentes. Assim os currículos devem envolver atividades que trabalhem as diferenças habilidades corporais. Precisamos valorizar as diferenças e oportunizar condições para isso.
* Ancoragem social dos conteúdos (Existência dessas práticas corporais fora da escola) afastamento da cultura corporal apenas como aspecto físico e/ou cognitivo (lateralidade, audição, respiração, etc), mas considerando a cultura corporal como um patrimônio que precisa ser entendido, apreciado e compreendido.

Diante de todos os aspectos citados acima, o professor faz algumas orientação didática:
* Mapeamento da cultura corporal (Procurar identificar as experiências que a comunidade escolar acessa);
* Resignificação das práticas corporais (Trago o elemento que faz parte de um significado grupo e ele é resignificado de outras maneiras e por outro grupo, gerando novas maneiras de vivenciar essa prática);
* Aprofundamento dos conhecimentos (Estudo daquela ação/ atividade para diversos grupos. Pesquisas. Conhecer melhor o significado):
* Ampliação dos conhecimentos (Mecanismos, formas, atividades que ampliassem aquela atividade/ ação).  .

É preciso sempre considerar a existência da identidade entre a cultura vivida na sociedade e as experiências corporais.
Ao falar de cultura corporal, logo me vêm a mente KlausS Vianna, e suas teorias altamente decodificadas e registradas sobre os movimentos expressivos, norteando com seus estudos práticas corporais de diversas naturezas, o qual tenho profunda admiração, diante de toda a capacidade da ligação de coisas diferentes á partir do movimento, ou melhor dizendo á partir da gestualidade, da do estudo das formas de comunicação corporal e da exploração novas formas de gestualidade corporal.

Parte 01

Parte 02


Partindo principio de conhecimento de auto conhecimento e da exploração do movimento e da gestualidade de Klauss Vianna e dos Jogos Dramáticos de Viola Spolin, iniciei em conjunto com uma amiga estudante de Ciências Sociais, Marina Correa,  um trabalho com os ex-alunos da escola que trabalho CEISA (Centro de Educação Infantil Santo Antônio- Bauru, com alunos de 06 á 08 anos que retornavam á escola aos sábados á partir vivência dos jogos teatrais, e esse ano um novo trabalho com crianças e adolescentes (08 á 16 anos) na cidade de Lucianópolis, também nesta linha, em conjunto com a professora de música Isis Samira.
Os grupos (ambos) que de inicio mostram-se resistentes a exploração da sutileza do pensar e do agir, hoje se mostram diferentes e compõem um Coral Performático com auto investigações de seus “eus”e da transmissão desse processo através da música e da gestualidade.
O corpo faz parte do todo, a mente é um extensão do corpo, tal como o corpo é uma extensão da mente:

“Mas, lembre-se, eu não estou dividindo a mente e o corpo em dois. Eles são dois aspectos do mesmo fenômeno. Mente e corpo não são duas coisas separadas; o seu corpo é um fenômeno psicossomático. A mente é a parte mais sutil do corpo, e o corpo é a parte mais grosseira da mente.

E eles afetam um ao outro; andam juntos. Se você estiver reprimindo alguma coisa na mente, o corpo começará uma jornada de repressão. Se a mente liberar alguma coisa, o corpo também liberará. É por isso que eu enfatizo tanto a catarse nas meditações que desenvolvo. A catarse é um processo de limpeza."

Osho, em "Saúde Emocional: Transforme o Medo, a Raiva e o Ciúme em Energia Criativa"

            Segue abaixo textos, elaborados pelos alunos de Lucianópolis, os quais são também expressados corporalmente e ainda algumas fotos tiradas por mim ou pelos próprios alunos, durante o processo em Lucianópolis no Projeto CEL.



 
Ahhh  felicidadeee!
Mais um dia na terra! Que felicidade!
Ser felíz é.... é...
Ser feliz é fazer novas amizades!
Ser feliz é ser quem eu sou!







Quem sou eu??
Olha aqui!
Sou essa!!!
Essa??
Sim sou essa que gosta muito das coisas da  vida..
Ahhh mas é claro que sei que a vida não é apenas diversão. Tenho e assumo minhas responsabilidades!!!


Sou o tipo de garota que escondia o rosto!
Sim isso é verdade!
Ahhh mas agora nãooo!
Agora eu sei que tem vida aqui! Aqui (apontando para coração) tem um grande sonho!
E eu respeitoo!


 
Eu sou assim!
As vezes legal,
Outras meio chatinha.
Meio sem graça
Ou até engraçadinha!
Mas do meu jeitinho
Sou assim um tanto comum e tão especial!






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