segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Vídeo 07- Aula: Educação e Ética


Disciplina: Educação e Valores
Vídeo 07- Aula: Educação e Ética. Por Carlota Boto
Data de Visualização: 16/09/2012

            Aqui verificamos a interação entre professores e alunos, professores e professores, alunos e alunos, sendo a educação é uma travessia, uma transição entre a família e a sociedade (vida pública).
            O conflito neste contexto está entre : Autoridade X Liberdade. Para se mediar a Autoridade e Liberdade, temos que utilizar ética. Sendo a ética formada muito mais por via de exemplo do que pela dimensão teórica. Ética vista como virtude.
            Platão e Aristóteles relacionam ética e política. Sendo a Ética pensada com a liberdade na esfera pública.
            Para se pensar sobre ética e moral, de se pensar nos costumes.
            Ética é escolhido, aquilo que se tem a adesão voluntária à um conjunto de regras. Se colocar no lugar do outro. Tem relação com nossos hábitos, nossas ações.
            A Moral é algo que pressupõem formas de agir recomendada e formulada pela própria sociedade, algo externo.
            E diante disto. Como preparar para a cidadania, considerando que somos iguais, porém diferentes? Alguns aspectos poderiam ser refletidos tendo a ética como base, são eles:
  •  Agir eticamente é pensar se nossas ações poderiam ser repetidas por todas as outras pessoas.
  •  Ter Clareza nas Regras: ter os alunos como participantes do processo de criação dessas regras; 
           Para ilustrar, o conceito de ética será utilizado texto que descreve uma situação vivenciada por Gandhi, o qual conheci durante uma peça teatro sobre a vida do mesmo e que retirei do blog Blessolutions Desenvolvimento Integral de Pessoas e Negócios. Fonte: Disponível em: http://www.blogblessolutions.com/2012/05/02/gandhi-e-o-menino/. Acessado em 19/10/2012.
            “ Quando estava mais ou menos com sete ou oito anos de idade, ele morava num ashram com seu avô. Um de seus amigos era um garoto com quase a mesma idade dele e que também vivia ali com os pais. Este menino gostava muito de doces, por isso os comia em grande quantidade. Por causa disso, começaram a aparecer furúnculos em seu corpo inteiro. Por mais que seus pais ralhassem com ele para que parasse de comer doces, ele não dava ouvidos. Sempre que havia doces por perto, ele simplesmente apanhava alguns para comer quando não havia ninguém olhando. Preocupada, a mãe do menino levou-o até Gandhi e pediu-lhe que conversasse com ele para que não comesse mais doces.            Após ter ouvido a mãe, Gandhi disse: “Por favor, volte dentro de quinze dias e eu conversarei com ele. “Perplexa, ela fez exatamente como foi pedido e retornou quinze dias depois. Gandhi chamou o menino num canto e não levou mais do que um minuto para conversar com ele. Isso foi o bastante. Surpreendentemente, a partir daquele momento o menino parou de comer doces. A mãe do menino ficou confusa, imaginando que tipo de milagre Gandhi havia efetuado em seu filho. Alguns dias depois, ela foi até Gandhi perguntar o que havia acontecido. Gandhi respondeu que não havia sido um milagre. “Eu pedi para que a senhora voltasse dentro de quinze dias” disse ele, “porque eu precisava parar de comer doces durante quinze dias para poder pedir ao seu filho que parasse também”. Ele havia dito isso para o menino, acrescentando ainda que não tocaria em nenhum doce até que os furúnculos sarassem e ele pudesse comer doces novamente.
            Ou seja, Mahatma Gandhi vivia segundo o princípio de que eu desafiarei a mim mesmo, então, por favor, desafie você também”. Foi assim que ele conseguiu transformar a atitude do garoto.”
                                 (Imagem retirada do grupo do facebook: Quem Ama Educa)
            
 Algo que me lembrei durante a visualização deste vídeo aula, foi de uma situação na qual eu "dava aula” de teatro para os ex-alunos da escola a qual eu coordeno e que passam a participar de um projeto denominado "sábados culturais", e fizemos um combinado em beber água no intervalo entre as atividades, porém no intervalo eu tive que arrumar o som  e outras coisas e não bebi água.   Durante a aula repleta de exercícios corporais eu senti sede e fui beber água e lógico, fui advertida: "Tia Tati não combinamos de beber água nos intervalos?".
            Claro que eu assustada, parei de beber água na hora e passei sede até o fim da aula.
            Depois de um tempo com essa turma comecei a perceber que aquele dia eu deveria ter parado e explicado a causa de eu não ter bebido água no intervalo e não simplesmente não ter bebido, isso os faria refletir sobre a possibilidade de questionarmos "a ordem posta” e até mesmo de  nos organizarmos conjuntamente para  organização dos materiais. Também somos integrantes deste processo e trabalhar na linha da “igualdade”nos oportuniza errar e ter direitos além de deveres.
            Para mim o grande desafio educacional é encontrar a medida necessária em cada situação, tornando a educação um processo prazeroso e de crescimento mutuo.
            Além dos aspectos citados acima é destacado ainda a necessidade de (re) significar o sentido de  “ser criança” , uma vez que a palavra infância vem do latim da palavrainfansque significa, sem voz. Não se pensava em ouvir a voz da criança e dos mais novos.
            Para se  superar os desafios postos é preciso embasar-se em ações que envolva razão e emoções, corações e mente. Utilizando à tica de justiça (com raiz masculina) e a ética de cuidado (com raiz feminina), trabalhando sempre com muita tolerância.
            Pautados na citação desta mesmo vídeo aula:

 Ética da Justiça e Ética do Cuidado: [...] a ética fala da justiça porque desigualdade, fala da amizade porque não somos auto-suficientes, fala da democracia porque não existem sábios suficientemente capazes e competentes para governarem sem perigo de se equivocar.(Camps, 1996, p.11)

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