domingo, 14 de abril de 2013

Vídeo-aula 28: Encaminhamentos pedagógicos na escola pública sobre a questão religiosa. Por: Roseli Fischman


Disciplina: Convivência Democrática
Vídeo-aula 28: Encaminhamentos pedagógicos na escola pública sobre a questão religiosa. Por: Roseli Fischman

Visualizada em: 14/04/2013.

" A aula trata da presença da questão religiosa na educação, preliminarmente do ponto de vista legal, tomando o texto da Constituição Federal de 1988 e da LDB-EN, 9394/96 e dispositivos posteriores, em especial aqueles relativos ao ensino religioso em escolas públicas. A seguir, retoma os temas tratados na Aula 1, propondo encaminhamentos referentes ao tema da liberdade de consciência, de crença e de culto, em relação com os temas da alteridade, tolerância, respeito e ética, indicando limites da ação da escola nesse tema."

Como a temática da religião é trabalhada na escola pública?
Inicialmente visualizamos as prerrogativas trazidas Constituição em seu Artigo 210, a qual está atualmente no Supremo Tribunal, pois no momento de ser regulamentado na LDB em seu artigo 33, apresentou contradições.
Devemos aqui considerar a diferença existente entre:
*EREP: Ensino Religioso em Escolas Públicas.
*ER: Ensino Religioso (mais amplo).
Esses conceitos não podem ser confundidos, uma vez que, pode ferir tanto pelo aspecto ao direito a educação, como ao direito a religião.
* Cada profissional da educação precisa estar pronto para lidar com a pluralidade existente entre os alunos;
* O professor (educador de forma geral) ao expor um símbolo que represente sua religião fere o espaço público (privatização/ apropriação do espaço público);
* Deve-se preocupar-se em  ouvir e acolher o aluno dentro de suas escolhas religiosas;
OBS: As religiões de origem africana ainda são muito discriminadas na sociedade.
* Ajudar a criança elaborar qual a herança que ela tem e as escolhas que ela pode ter, sem direcionar, dar liberdade de consciência;
*O professor não tem direito de discriminar quem é diferente de si e não utilizar de fundamentos religiosos para alcançar seus objetivos.

É preciso resgatar de forma histórica junto aos alunos, todos equívocos existentes em prol da religião, onde pessoas foram perseguidas e mortas, afim de que isso não aconteça.

Vídeo-aula 27: A produção da identidade/diferença - a questão religiosa. Por: Roseli Fischman


Semana 07
Disciplina: Convivência Democrática
Vídeo-aula 27: A produção da identidade/diferença - a questão religiosa. Por: Roseli Fischman
Visualizado em: 14/04/2013

"A aula trata da relação entre singularidade e pluralidade na construção da identidade de cada ser humano, no entrelaçamento de memória e projeto, e o lugar da questão religiosa nessa construção. Apresenta o modo como a Constituição Federal de 1988 trata o tema da liberdade de consciência, de crença e de culto, bem como da separação entre Estado e religiões, ou seja, o princípio da laicidade do Estado, garantindo a diversidade religiosa no Brasil e protegendo contra a discriminação."

Vimos que a construção da identidade se dá á partir da Pluralidade e Singularidade, ou seja, uma questão plural e singular de cada ser humano.
O Presente, Passado e Futuro constrói identidade.

A singularidade de cada ser humano é feita á partir da pluralidade de cada um, da memória e projeto, considerando aqui memória não apenas a lembrança, mas a interpretação das vivências tidas.
A identidade se constrói dentro de cada ser humano á partir de suas memórias e projetos e volta a sociedade, neste sentido é muito importante o respeito e a tolerância a diferença.
No aspecto religioso, percebemos que a religião dos povos antigos compunha algo relacionado á própria cultura.
A religião vem por herança ou eleição e vai construindo nossa identidade e demarcando os nossos valores. Importante destacar que isso também tem haver com os Ateus (que não acreditam em Deus) ou com os Agnósticos (Que não tem uma opinião formada).
A Diversidade Religiosa está ligada a Alteridade, a ética, com relação do Eu e Outro.
Devemos considerar a existência da diferença e da a diversidade religiosa e não que exista (ou deva existir) uma desigualdade religiosa, ou seja, existindo a diferença como eu lido com isso (?).
Com relação á Religião e Cidadania, temos que considerar que o Estado é Laico, ou seja, existe a separação entre o Estado e as Religiões, não podemos aceitar que á partir de uma religião passemos a considerar que temos mais ou menos direitos que outros, isso é inclusive garantido pelo artigo 5º da Constituição Federativa do Brasil, que determina o direito a “Liberdade de Consciência e Crença”.
E ainda no Artigo 19º, temos também a separação entre Estado e Religião, como  o rompimento com a concepção de “Sangue Azul"- Determinação Divina do Poder , antigamente defendido pela Monarquia.
Assim á partir desta aula, foi possível perceber que:
*A religião parte da consciência da pessoa vai para sociedade e toma diversas proporções e volta para as pessoas, tem âmbito histórico, antropológico, sociológico, político e filosófico;
*A escolha individual de crer ou não crer se dá no âmbito da consciência, do foro intimo, portanto inviolável (tá dentro de cada um);
* A diversidade religiosa garante a diferença, mas nada tem que ver com a desigualdade ("Diferentes somos todos- PCNS- Pluralidade Cultural);
* A complexidade do fenômeno religioso e sua presença na construção da identidade para ser respeitados precisam respeitar o direitos dos demais- não há argumento de "maioria" no tema religioso, não se pode impor, constranger, obrigar;

*A laicidade do Estado que garante a todos e todas o direito a sua crença- ou descrença- respeitados os direitos de todos e todas, sendo o fundamento da diversidade religiosa;

*A discriminação por motivos religiosos fere a ética e fera a Constituição do Brasil, sendo crime.

Vídeo-aula 26: O papel da escola no processo educativo de Direitos Humanos.


Disciplina: Educação em Direitos Humanos
Vídeo-aula 26: O papel da escola no processo educativo de Direitos Humanos. Por: Aida Monteiro.
Visualizado em: 14/04/2013

"A aula discute a Educação como um direito social básico que deve contribuir para humanização de todas as pessoas. É papel da escola garantir uma educação que possibilite às pessoas a terem consciência e conhecimento dos seus direitos e deveres, através de práticas pedagógicas que contribuam para a problematização, a crítica e a construção do conhecimento nas diversas áreas do currículo, dialogando com os conhecimentos de direitos humanos."

Antes de pensarmos: Qual é o papel da escola no processo educativo na EDH?
O que é Escola?
É um espaço onde socializamos, aprendemos e construímos diferentes aprendizagens (no campo cognitivo, afetivo, profissional, etc), ou seja, tem uma importante função social.  Cabe ressaltar ainda que é a escola é um dos primeiros espaços de socialização ao qual participamos.

A escola consegue á partir de sua intencionalidade definida por seu Projeto Político Pedagógico, que é um Projeto Político, favorecer a construção de uma sociedade democrática, á partir do reconhecimento de Valores e Atitudes que vão na direção na ampliação de uma sociedade mais democrática, que respeite os DH.
É importante que nesta perspectiva os DH, a EDH esteja envolvida de forma transversal e vivencial dentro dos espaços escolares, mas que não se deixe de envolver e apresentar o tema também dentro dos currículos da mesma, a fim de possibilitar aos alunos conhecer os documentos que a embasa é claro que estratégias de apresentações da Legislação, tais como: Música, Teatro, Filmes, etc., são bem vindos para aproximação do tema.
            É preciso que a escola trabalhe com o aluno na perspectiva de “Sujeito de Direito e Sujeito de Deveres”, respeitando e sendo respeitado em suas opções, tais como: Sexuais; Políticas; Religiosas; Culturais, etc.
Para tal é necessário a criação de metodologias que trabalhe os conceitos na perspectiva do ser humano, através do dialogo permanente com direito a criticas, trazendo para dentro da escola as problemáticas tidas fora da mesma, ou até mesmo das situações vivenciadas no próprio espaço educativo, como por exemplo, a violência (Violência Exógena e Violência Endógena).
Transformar a EDH em Política de Estado e não em Política de Governo e lutar pela sua legitimação é algo que deve ser defendido pela escola e pela sociedade, criando uma contracultura á favor dos DH, uma nova forma de compreender o outro como ser social, assumindo a  escola pública como um "bem social".

Vídeo-aula 25: Comitês de EDH: parcerias possíveis. Por: Sinara Zardo.




Semana 07
Disciplina: EDucação em Direitos Humanos
Vídeo-aula 25: Comitês de EDH: parcerias possíveis. Por: Sinara Zardo.
Visualizado em: 14/04/2013

"A aula apresenta as funções dos Comitês de Educação em Direitos Humanos que podem vir a constituir uma importante parceria com as escolas na implementação da Educação em Direitos Humanos."

Vimos que os “Comitês EDH”, surgiu á partir da “Convenção de Viena 1993”, considerando a educação como elemento e estratégia para se configurar e constituir a educação em direitos humanos, com a perspectivas de formar sujeitos de direitos.
No Brasil em 2003 é instituído o Comitê de EDH, o qual trabalha articulado com o governo, o mesmo é composto por especialistas e militantes dos DH, representantes do governo e organismos internacionais, com o objetivo de fazer proposições de políticas públicas voltadas a EDH e deliberações das diferenças áreas.
A função desse Comitê é Elaborar, Implementar, Fiscalizar/ Monitorar políticas na defesa dos DH e EDH humanos nos Estados e Municípios e ainda oferecer capacitação em EDH, para os diferentes sujeitos envolvidos na EDH, formando sujeitos conhecedores de seus direitos e que saiba onde buscar a efetivação de seus direitos.
Uma de suas atribuições foi elaborar o Plano de EDH no País criado e gerido em 2003, sendo versão final (após inúmeras revisões e alterações) feita em 2006 e revisada em 2007.
Essa proposta visa à união entre Estados e Municípios, na Gestão das Políticas Pública, conhecendo e considerando a multiplicidade e multidimensionalidade da EDH.
Outra função desse comitê é a realização do Plano Estadual em Direitos Humanos, na qual eu tive o prazer de participar da 6ª Conferência Estadual de Direitos Humanos, que ocorreu em Bauru e que trouxe a tona inúmeras problemáticas, reflexões e o fortalecimento deste Comitê em nosso município, o qual desenvolve diversas ações neste sentido:
Observatório promove 2ª Jornada de Direitos Humanos em Bauru
Da redação JCNet
O Observatório de Educação em Direitos Humanos (ODEH) da Unesp promove, de 14 a 24 de abril, a 2ª Jornada de Direitos Humanos de Bauru. Neste ano, o encontro tem como tema “Memória, Verdade e Cidadania”. O objetivo da jornada é pensar o sentido da cidadania a partir da história recente do Brasil, desde o Regime Militar, passando pela redemocratização do país, em 1985, até os dias atuais.
O evento tem a proposta de estimular o diálogo entre o passado e o presente, representado por diferentes gerações, refletindo sobre a conquista da democracia e como a sociedade pode superar a cultura autoritária do passado.
Além de palestras, mesas-redondas e oficinas, a 2ª Jornada de Direitos Humanos de Bauru contará com atividades especiais, algumas inéditas em Bauru. Na segunda-feira (16), na Sessão da Câmara Municipal, haverá um debate sobre a implantação da Comissão Municipal de Direitos Humanos, de forma a ser colaboradora da Comissão Estadual da Verdade (CEV). O evento terá a presença de Adriano Diogo, membro da CEV da Assembleia Legislativa de São Paulo.
Na próxima quinta-feira (19), no auditório da Instituição Toledo de Ensino, será realizada a Caravana da Anistia, com sessão de julgamentos de requerimentos de anistia. A sessão é inédita em Bauru e contará com a presença de Dr. Paulo Abrão Pires Júnior, presidente da Comissão de Anistia, e de outros conselheiros.
Na programação cultural, está previsto o lançamento do livro “Futebol e Ditadura” no dia 20, apresentação da peça teatral “Filha da Anistia” nos dias 20, 23 e 24, exibições de filmes e exposições de arte.
Os interessados podem se inscrever no site do ODEH, www.odeh.unesp.br. Lá, você também confere a programação completa da jornada. Outras informações pelo telefone (14) 3103-6172

A união da escola á esses Comitês tanto no âmbito de capacitação de seus profissionais, tal como de seus alunos e/ou comunidade escolar é algo que poderá refletir na real educação e formação de sujeitos de direitos.

Vídeo-aula 24: Gênero e diversidade sexual: desafios para a prática docente. Por: Claúdia Vianna.


Disciplina: Convivência Democrática
Vídeo-aula 24: Gênero e diversidade sexual: desafios para a prática docente. Por: Claúdia Vianna.
Visualizada em: 14/04/2013.

" Após uma breve passagem pelos conceitos de identidade e diferença, serão apresentadas algumas sugestões de encaminhamento do trabalho docente a partir de experiências realizadas em escolas públicas. Estas, engendradas com base nas manifestações culturais populares, comuns ao cotidiano discente local.Quais as contribuições do conceito de gênero para a educação? Como as relações de gênero, e a diversidade sexual que delas faz parte, afetam as práticas e interações estabelecidas no espaço escolar? Essas questões e também a enorme dificuldade em se romper com os padrões tradicionais de gênero são abordadas nesta vídeo-aula."

Como as relações de gênero e de sexualidade afetam as práticas e as relações no contexto escolar?
É importante consideramos que a relação de gênero e diversidade sexual se constitui nos campos de Direitos Humanos.
“O estado e suas políticas nacionais e locais interpretam e regulam várias das concepções de família, reprodução, educação, estilo de vida, muitas delas entrelaçadas com a construção das relações de gênero."
Temos á partir das políticas nacionais:
* Mudanças de Costumes;
* Aumento das políticas públicas voltadas para o tema;
* Investigações e produções de conhecimento sobre o tema;
* Criação de Novas leis, como por exemplo, a Lei Maria da Penha, lembrando que antes desta a honra masculina era “lavada” com o sangue da mulher, e isso era visto com naturalidade.
Percebemos então que o Estado tem o poder de regular as relações sociais.
A questão de gênero estabelece uma imbricação com sexualidade, as quais são sexualmente construídas.
No Brasil, á partir dos anos 90, ocorreu o reconhecimento de novas demandas no âmbito de direitos a questão de gênero e de sexualidade, tais como a luta para a eliminação da discriminação contra as mulheres, com forte influência dos organismos internacionais e movimentos sociais, determinando inclusive a introdução da questão de Gênero e da Sexualidade no currículo escolar.
Os “Parâmetros Curriculares Nacionais: Ótica de Gênero (Governo Fernando Henrique Cardoso) visa abordar a orientação sexual com ênfase no conceito de sexualidade, com os conteúdos divididos em três blocos: Corpo (matriz da sexualidade), relações de gênero e prevenção DST/ AIDS.
Apesar da importância desses parâmetros enquanto documentos políticos-normativos para educação brasileira, o mesmo ainda é alvo de criticas, tais como:
* caráter centralizador e prescritivo;
* precária aplicação das diretrizes curriculares que estão ali inscritas;
* falta de formação inicial e continuada docente para dar conta da temática;
* dificuldade de abordar esse tema no cotidiano escolar;
* tratamento dos temas transversais dedicados a essa temática da orientação sexual (corpo, saúde e doença);
* Falta de destaque a diversidade sexual.
No governo Lula surgem vários programas para trabalhar a questão de gênero e diversidade sexual, porém com a dificuldade de unificação das ação isso vai fragmentando e desarticulando os programas criados com modos distintos de responder as questões sociais e até mesmo enfraquecendo as “lutas”.
A discriminação aos homossexuais ainda é enorme no nosso país, pesquisas mostram que 1/4 dos alunos não aceitaria um amigo homossexual, ou seja, ainda temos uma hierarquização da heterossexual em detrimento da homossexualidade.
Através de exemplos dados vimos que a discriminação ao homossexual é muito mais assumida pela sociedade em geral do que qualquer outra discriminação existente, uma vez que há muita dificuldade de aceitar e compreender essa diferença, gerando uma “distância social" (família, escola, etc).
Diante desse contexto de gênero e diversidade social os desafios para prática docente estão em "tirar as vendas dos nossos olhos", sair da naturalização e da reprodução de estereótipos de gênero, sair da heteronormatividade, trabalhar com vários modelos de feminilidade e masculinidade.
É preciso pensar na conscientização e na formação docente para se trabalhar de forma coerente sem fortalecer e reproduzir as práticas sociais que cultua o preconceito

domingo, 7 de abril de 2013

Vídeo-aula 23: Relações sociais de gênero: um direito e uma categoria de


Semana 06
Disciplina: Convivência Democrática
Vídeo-aula 23: Relações sociais de gênero: um direito e uma categoria de análise. Por: Claudia Vianna.
Visualizada em: 07/04/2013

“ A constituição das relações de gênero está diretamente ligada à ampliação do direito das mulheres e à crítica ao determinismo biológico como base das diferenças entre homens e mulheres. O propósito desta vídeo-aula é resgatar o caráter social do conceito de gênero que remete necessariamente à dinâmica da transformação social.”

Vimos que a discussão de gênero nasce nos contexto das “Lutas Sociais”, na construção da cidadania, na ampliação ao direito das mulheres.
Assim esse conceito, parte da constituição da desigualdade, como por exemplo a exclusão de classe ao acesso á informação.
As Relações Sociais de Gênero têm as dimensões da desigualdade, como etnia, raça, geração, sexo e gênero, é necessário interagir com vários aspectos/ grupos de desigualdade social, para realizar uma analise mais coerente.

            Todo esse contexto tem haver com o surgimento do “Feminismo”, como resposta á condição posta, assim caracteriza-se como um “Movimento Social”, marcado por duas “ondas”:
I- (onda) Século XIX, lutavam pelo direito ao voto;
II- (onda) Aprofundamento das questões sociais. (Violação Física por parte do pai ou do marido) e ainda o rompimento das definições das tarefas sociais (Mulheres atividades domésticas, de educação dos filhos e do homem as tarefas econômicas).

No contexto das diferenças entre homens e mulheres  existe a  polarização, ou seja, a hierarquização dos valores,  como se os valores e significados femininos valem menos que o masculino.
Todo “Movimento Social”,  desafia a sociedade diante dos padrões as quais ela foi construída, como por exemplo a exploração sexual das meninas e patologização dos gays, um movimento que age neste cenário são o grupo dos LGBTTTs, (o acrónimo de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais eTransgêneros (o 's' se refere aos simpatizantes)

Diante do exposto acima, o cenário contemporâneo é composto de “Avanços e Permanências”, tais como: composto de uma variedade de estruturas familiares e domésticas, incorporação das mulheres no mercado de trabalho remunerado fora do lar ( porém as mulheres ainda recebem menos que o homem pelo desempenho da mesma atividade), estruturação global do movimento feminista, questionamento da heterossexualidade, segmentação do mercado de trabalho, transposição do patriarcado para a fabrica, socialização de Gênero,  Heterossexualidade como padrão.

Cabe ressaltar que a escola é uma instituição que não está fora deste contexto e assim é preciso refletir em tudo isso e tratar a questão de gênero como além de questões biológicas, assimilando as diferenças com os aspectos socialmente construídos e tendo a liberdade de questionar, afim de romper com a desigualdade social muitas vezes maquiadas pela questão do gênero.
Concluindo:
            O gênero é a organização social da diferença sexual.
* Não são diferenças dadas no meu sangue no meu DNA, mas construídas social e culturalmente.
* Questionar a subjetividade da dominação masculina e da submissão da mulher.

       O Brasil ainda engatinha com relação a garantia dos "Direitos das Mulheres", situações graves como a de abuso sexual ainda é tão evidente no Brasil como na Índia é como podemos constatar nesta reportagem.

   Algo que me questiono ainda é que nosso país ainda é machista sim e não podemos negar, é notório isso na educação infantil no cenário onde trabalho e vejo as crianças reproduzindo a violência domésticas nas brincadeiras, as meninas relacionam o apanhar com o amor e os meninos com o bater, reprodução do que vivenciam.
   Mas o que penso é: Se na sociedade machista quem educa os filhos são a mulheres, porque eles continuam reproduzindo isso? Será que a mulher/ mãe sabe o valor e poder que tem na mudança desse paradigma?
   Falamos muito nessa questão de gênero do trabalho de combate a desigualdade sofrida pela mulher, mas pouco falamos do trabalho com os "meninos", com homens para que valorizem e percebam a condição de igualdade necessária entre homens e mulheres e ainda do trabalho de auto conhecimento e de auto valorização das "meninas".
    Vivemos na sociedade do consumo, e onde o homem tem mais facilidade de ser mais bem sucedido e romper com isso, com essa diferença salarial é uma forte possibilidade do rompimento da submissão da mulher ao homem. Se as relações tiverem enfase no aspecto emocional a qualidade das relações virá dela.
   Muito trabalho ainda há de ser feito, e a mulher, toda mulher deve antes dos homens conscientizar-se disso.

Adorei a frase e meninos com bonecas, um ato natural muitas vezes podado pelos pais machistas.
Quem sabe quando nossos meninos tiverem mais liberdade de brincar de bonecas, teremos mais pais no auxilio da educação de seus filhos e menos ausentes da vida familiar.




sábado, 6 de abril de 2013

Vídeo-aula 22: EDH, inclusão e acessibilidade. Por: Sinara Zardo.



Disciplina: Educação em Direitos Humanos
Vídeo-aula 22: EDH, inclusão e acessibilidade. Por: Sinara Zardo.
Visualizado em: 06/04/2013

“A aula discute a questão da educação inclusiva e da educação especial sob a perspectiva das normativas que orientam as políticas públicas.”

Educação em Direitos Humanos é uma proposta que trabalha na perspectiva da formação de sujeitos de direitos e que também trata do direito a educação, que incluem todos os alunos, entre eles os alunos de educação especial (acessibilidade), para isso se torna importante um aprofundamento das temáticas: Igualdade, Diferença e Alteridade.
Historicamente as pessoas com deficiência eram excluídas da sociedade, posteriormente com a ascensão do Cristianismo, a deficiência passa a ser aceita, mas vista com certa piedade e existe então o surgimento da institucionalização.
Com o avanço da ciência e dos estudos da deficiência que surge a preocupação e as ações de “inclusão", o que na verdade era de “Integração”.
* Integração ( aluno se adequar a realidade);
* Inclusão (questiona a padronização do ensino);
No Brasil- Constituição 1998, em seus artigos 205º e 208º passa a legitimar o direito a educação, como sendo o direito de todos, esses artigos trata-se da contextualização de várias declarações internacionais.
A Constituição de 1998 traz também a deficiência com transversalidade á todas as políticas sociais, a ela vêm também fortalecer a LDB e ECA.
Apesar da política para integração dos “deficientes” ter sido gerada 1994 perspectiva integradora, falta dos pré requisitos e é á partir da Resolução de 2 de 2001, que são geradas as diretrizes com orientações mais inovadoras .
Em 2008 é elaborada  Política Nacional de Educação Especial na perspectiva de educação inclusiva.
As mudanças na terminologia (Antigos excepcionais, deficientes, etc..), considera na atualidade que a pessoa com alguma deficiência não é portada de algo e que isso é uma condição humana e deve ser visto como uma diferença que tem que ser respeitada, ou seja, uma diferença ou necessidade específica)
 Assim a Educação Especial deve ser transversal, deve acompanhar a trajetória desses alunos na sua trajetória escolar, oferecer o atendimento especializado, acessibilidade nas dimensões arquitetônica, comunicação, pedagógica e tecnologias, informação e comunicação.
A professora faz ainda a indicação do aprofundamento do decreto 261º de 2008, que trata do financiamento que dá suporte á inclusão (à partir de 2010) e da resolução número 4 de 2009 Detalha a prática neste contexto, apresenta como modelo o programa governamental “Plano Viver sem Limite” .
Salienta que além da Tolerância o respeito, mas recursos que garantam a participação do aluno nas aulas e sociedade (Necessidade de estudo).
Em direção a essa vídeo aula 02 filmes me remetem á tal contexto e as dificuldades enfrentadas no mesmo, são eles:


Vermelho como céu (http://www.youtube.com/watch?v=iXgSriICk2g): Anos 70. Mirco (Luca Capriotti) é um garoto toscano de 10 anos que é apaixonado pelo cinema. Entretanto, após um acidente, ele perde a visão. Rejeitado pela escola pública, que não o considera uma criança normal, ele é enviado a um instituto de deficientes visuais em Gênova. Lá descobre um velho gravador, com o qual passa a criar estórias sonoras.


Como Estrelas na Terra (http://www.youtube.com/watch?v=hEWaAJI_jSE) : O filme conta a história de um menino e 9 anos chamado Ishaan Awasthi, ele sofre de dislexia, estuda em uma escola normal e repetiu uma vez o terceiro período e está correndo o risco de isso acontecer de novo. O menino diz que as letras dançam em sua frente e não consegue acompanhar as aulas e nem prestar atenção. Seu pai acredita que ele é indisciplinado e o trata com rudez e falta de sensibilidade.

Quando o pai é chamado na escola para conversar com a diretora, o mesmo decide levar o filho a um internato. O menino fica com menos vontade de aprender e de ser uma criança, ele acaba ficando deprimido, sente a falta da mãe, do irmão mais velho e da vida. A filosofia do internato é "Disciplinar Cavalos Selvagens". De repente aparece um professor substituto de artes, este não era um professor tradicional, não seguia rigorosamente as normas da escola, tem uma metodologia própria.

Quando o professor conhece Ishaan, percebe que o menino sofre de dislexia e decide ajudá-lo. Este não era um problema desconhecido pelo educador que decide tirar o garoto do abismo no qual se encontrava . Ele ensinou Ishaan a ler e escrever, a partir desse momento o menino vai superando a opressão da família e suas próprias limitações, passa a ver a dentro da escola, um novo significado. O filme mostra a importância do professor e seu poder de transformação nos alunos. É necessário que o educador tenha sua própria metodologia de ensino, de forma a estimular a compreensão dos alunos, tornando a sala de aula, um lugar agradável e estimulante.

Na escola onde Ishaan estudava, os professores só corrigiam os erros gramaticais dele e não percebiam que ele era uma criança especial, que precisava ser compreendida, e junto com seu professor pudesse ampliar seus conhecimentos, desenvolvendo a habilidade de leitura e escrita. No filme "Como Estrelas Na Terra o professor substituto usa uma metodologia de ensino inovadora, onde existe a motivação, usa o conhecimento de mundo dos alunos, buscando aprofundar e ampliá-los. O educador consegue mobilizar a escola a respeito da diversidade que existe na sala de aula, mostrando que é possível fazer com que o aluno desenvolva sua capacidade de aprendizagem a partir da compreensão e do incentivo do educador.

O filme mostra uma lição de vida. Um garoto que foi tratado com respeito por um professor, que soube valorizar e entender as diferenças, usa como forma de expressão a arte, incentivando-o e mostrando-o que seu problema pode ser superado e que sua deficiência não o tornava diferente dos outros. A dislexia é uma doença que está longe de ser solucionada, e o que salvou o garoto não foi a descoberta da doença, mas sim, os novos métodos utilizados pelo educador, fazendo com que o menino aprendesse a lidar com sua diferença. Este filme retrata a realidade na qual vivemos, os alunos com diversas deficiências são colocados em escolas normais e infelizmente as escolas regulares e os professores não estão preparados para essa mudança.

Torna-se necessário que os futuros educadores saibam lidar com esses problemas no contexto escolar, para poder encontrar meios e soluções para trabalhar com essa e as demais deficiências.


Fonte: http://www.portaleducacao.com.br/pedagogia/artigos/20287/resenha-critica-do-filme-como-estrelas-na-terra-toda-crianca-e-especial#ixzz2PigcBxdf



Ainda temos muito o que aprender com a inclusão, essa semana (de 12/04/2013 á 14/04/2013) recebi um e-mail de uma educadora (em uma rede de educadores que participo), relatando que apanhou de um aluno na inclusão.

"Venho pensando a alguns dias sobre a inclusão e gostaria de compartilhar essa angústia.
 Ocorreu me um fato está semana e fico chateada de a educação ser como é.
Sabemos que a inclusão social é dada a partir de uma lei federal e que não estamos preparados para tal tarefa ,percebo que tem aumentando muito o numero de alunos nas escolas.
Está semana apanhei de um menino de 8 anos, fiquei com hematomas numa situação de contenção.
O que vocês pensam sobre isso? deveria eu ter feito um Boletim de Ocorrência? Minha escola deveria ter me indicado a isto?"

Diante vários relatos sobre o assunto alguns me sensibilizaram e me fizeram refletir muito. tais como:
"sua angústia e suas dores, no entanto como educadora de inclusão há 40 anos, quando nem mesmo lei existia, muito pelo contrário, já vivenciei abaixo assinado de pais pedindo para que a criança que babasse fosse retirada da sala de seus "maravilhosos filhos que não babavam". Tenho a lhe escrever palavras de conforto e ânimo: 
Encare este menino de 8 anos como seu grande MESTRE que a natureza lhe oferece. 
Aprenda com ele a penetrar no mundo dos excluídos e alavancá-lo para uma cultura de paz. 
Não creia que leis e a execução delas fazem meninos melhores ou piores. Se assim fosse não teríamos mais estupros pois as leis para tal crime são fortíssimas e há ainda a lei "moral dos presos" que pouco deixa de castigar os estupradores quando presos. 
Creia que exclusão gera desamor, medo, agressão, soberbia, orgulho, inveja, competição, desumanização e inclusão gera amor, aceitação, desenvolvimento, solidariedade...
Assista a uma reportagem em que o nosso querido Paladino da Inclusão Prof. José Pacheco conta o caso do menino que batia nos professores. Leia o livro que Pacheco escreveu denominado:"Inclusão não Rima com Solidão". Vale a pena receber mais uma palavra e modelo de esperança. 
Vá enfrente! 
Quero me colocar a sua disposição para fazer-lhe companhia nesta caminhada.
Um bom trabalho para você." (Sujeito 1)

é difícil  e triste, mas esperado nesta esfera tão gigante que é a educação, a troca do amor, a inclusão...Incluir não é fácil , no fundo todos nós precisamos ser incluídos em algo, alguma coisa...creio que nesta jornada, vamos aprender muito , pensar tudo isto é agir , é a revolução. 
Ler o livro do nosso mestre que viveu muitas violências nesta caminhada, assistir  "os caminhos para inclusão" , inserir familia, escola,a  criança, dialogar e creio que Suely Costa neste assunto possa apoiar. 
Do meu coração, creio apenas que BO, delegacia, policia não funcionam, eles são opressores, reprodutores de um sistema falido. Quanto as leis , diria o poeta são feitas como salsichas, melhor não saber...no Brasil é assim ....
Acredito em outros caminhos. " (Sujeito 2)

Assim, para mim, pensar em inclusão é pensar muito além é ter uma visão "holística" de tudo e de todos, para que possamos realmente considerar o papel e a condição de cada um desses sujeitos envolvidos no processo.

Como diz José Pacheco (Fonte: :http://www.bengalalegal.com/jose-pacheco)

Solidão não rima com inclusão.

05/03/2011 - José Pacheco 
Aos cínicos (que ainda encontro por aí...) direi que, onde houver turmas de alunos enfileirados em salas-celas, não haverá inclusão. Onde houver séries de aulas assentes na crença de ser possível ensinar a todos como se de um só se tratasse, não haverá inclusão.
Nunca será de mais voltar ao assunto, para lembrar que, apesar da teoria e contra ela, a realidade diz- nos que, desde há séculos, tudo está escrito e tudo continua por concretizar. Nunca será de mais falar de inclusão. Nunca será de mais lembrar que os projectos humanos carecem de um novo sistema ético e de uma matriz axiológica clara, baseada no saber cuidar, conviver com a diversidade.
A chamada educação inclusiva não surgiu por acaso, nem é missão exclusiva da escola. É um produto histórico de uma época e de realidades educacionais contemporâneas, uma época que requer que abandonemos muitos dos nossos estereótipos e preconceitos, que exige que se transforme a "escola estatal" em escola pública - uma escola que a todos acolha e a cada qual dê oportunidades de ser e de aprender.
Os obstáculos que uma escola encontra, quando aspira a práticas de inclusão, são problemas de relação. As escolas carecem de espaços de convivencialidade reflexiva, de procurar compreender que pessoas são aquelas com quem partilhamos os dias, quais são as suas necessidades (educativas e outras), cuidar da pessoa do professor, para que se veja na dignidade de pessoa humana e veja outros educadores como pessoas. Sempre que um professor se assume individualmente responsável pelos actos do seu colectivo, reelabora a sua cultura pessoal e profissional... "inclui-se". Como não se transmite aquilo que se diz, mas aquilo que se é, os professores inclusos numa equipa com projecto promovem a inclusão.
Aos adeptos do pensamento único (que ainda encontro por aí...) direi ser preciso saber fazer silêncio "escutatório", fundamento do reconhecimento do outro. Que precisamos de rever a nossa necessidade de desejar o outro conforme nossa a imagem, mas respeitá-lo numa perspectiva não narcísica, ou seja, aquela que respeita o outro, o não-eu, o diferente de mim, aquela que não quer catequizar ninguém, que defende a liberdade de ideias e crenças, como nos avisaria Freud. Isso também é caminho para a inclusão.
Aos cínicos (que ainda encontro por aí...) direi que, onde houver turmas de alunos enfileirados em salas-celas, não haverá inclusão. Onde houver séries de aulas assentes na crença de ser possível ensinar a todos como se de um só se tratasse, não haverá inclusão. Direi que, enquanto o professor estiver sozinho, não haverá inclusão.
Insisto na necessidade da metamorfose do professor, que deve sair de si (necessidade de se conhecer); sair da sala de aula (necessidade de reconhecer o outro); sair da escola (necessidade de compreender o mundo). O ethos organizacional de uma escola depende da sua inserção social, de relações de proximidade com outros actores sociais.
Também é requisito de inclusão o reconhecimento da imprevisibilidade de que se reveste todo o acto educativo. Enquanto acto de relação, ele é único, irrepetível, impossível de prever (de planear) e é de um para um (questionando abstracções como "turma" ou "grupo homogéneo"), nas dimensões cognitiva, afectiva, emocional, física, moral... As escolas que reconhecem tais requisitos estarão a caminho da inclusão.
Na solidão do professor em sala de aula não há inclusão. Nem do aluno, metade do dia enfileirado, vigiado, impedido de dialogar com o colega do lado, e a outra metade, frente a um televisor, a uma tela de computador ou de telemóvel... sozinho. A inclusão depende da solidariedade exercida em equipas educativas. Um projecto de inclusão é um acto colectivo e só tem sentido no quadro de um projecto local de desenvolvimento consubstanciado numa lógica comunitária, algo que pressupõe uma profunda transformação cultural.

Vídeo-aula 21: EDH na sala de aula. Por:Ana Maria Klein


Semana 06
Disciplina: Educação em Direitos Humanos
Vídeo-aula 21: EDH na sala de aula. Por:Ana Maria Klein
Visualizado em 06/04/2013.

“A aula aborda o processo ensino-aprendizagem enfatizando a prevalência da aprendizagem como elemento central à EDH.”

O que é o processo ensino aprendizagem?
" A aprendizagem que ocorre em um dado momento é a síntese de tudo que o estudante traz consigo: suas capacidades, sua história, seus conhecimentos e seu estado psíquico.
“Há também aquilo que o professor traz: suas capacidades, seus conhecimentos e seus estados de ânimo, mas também sua pedagogia, seus pensamentos, sua maneira de ver os estudantes, como também às condições em que trabalha."
 Tudo isso está no contexto (Escola).  A aprendizagem implica na abertura pessoal a algo novo na incorporação do novo na maneira do sujeito viver a vida.
O processo de aprendizagem vai ainda além da vontade de aprender e se incorpora a maneira de viver do sujeito, modifica suas relações com o mundo.
O sujeito que aprende é figura central do processo.Não podemos reduzir a aprendizagem a á mera apreensão de conteúdos.
O DH tem Caráter Interdisciplinar- DH devem ser compreendidos mediante a integração de diferentes disciplinas. Diz respeito á maneira de organizar o conhecimento no currículo.
O DH tem caráter transversal- temas e eixos temáticos relativos à EDH são integrados ás disciplinas, de forma a estarem presentes em todas elas e contextualizados na realidade (Global local e regional, não está solto no Mundo). Refere-se a maneira como os seres humanos aprendem.

Temas Transversais:
* Relacionam-se á vida cotidiana da comunidade, á vida das pessoas e aos seus interesses.
* Aproximam a vida das pessoas do currículo formal da escola, ou seja, eles conseguem uma oportunidade de desenvolvermos conteúdos de diferentes disciplinas a partir da discussão de um tema relevante socialmente;
* Característica central e a relação que se estabelece entre aprender conhecimentos teóricos sistematizados e a e as questões da vida real (aprender na e da realidade).

Metodologias ativas de aprendizagem:
* Pressupostos pautados pelo construtivismo;
* Os estudantes constroem seu próprio conhecimento por meio da seleção ativa de novas informações;
* O sujeito traz uma bagagem de pressupostos, motivações, intenções e conhecimentos prévios;
* O processo de construção do conhecimento acontece por meio da atividade individual e social;
* A natureza das atividades influenciará a qualidade do conhecimento adquirido.

Como tudo que a gente acredita tem que ser materializado na prática através da metodologia, assim um exemplo de metodologia é a Aprendizagem Baseada em Problemas- ABP (Não é a única). Problematizar algo que nos incomoda é romper com a naturalização dos problemas.

ABP:
* Ação problematizadora por meio de problemas que demandam a ação investigativa por parte dos (as) estudantes;
* Desenvolvimento de projetos, com caráter coletivo (saber trabalhar juntos, enfrentando todas as dificuldades existentes em trabalhar juntos);
* DH como temas a serem problematizados- possibilita a identificação do direito, seu reconhecimento na realidade, a reflexão crítica sobre a realidade estudada;
* Este processo implica necessariamente no conhecimento advindo de diferentes áreas do saber, imprescindíveis á compreensão e consideração crítica da realidade.

Vídeo-aula 20: Diferentes possibilidades culturais no currículo escolar. Por: Cesár Rodrigues


Disciplina: Convivência Democrática
Vídeo-aula 20: Diferentes possibilidades culturais no currículo escolar. Por: Cesár Rodrigues
Visualizada em 06/04/2013.

" Após uma breve passagem pelos conceitos de identidade e diferença, serão apresentadas algumas sugestões de encaminhamento do trabalho docente a partir de experiências realizadas em escolas públicas. Estas, engendradas com base nas manifestações culturais populares, comuns ao cotidiano discente local"

 A aula foi iniciada ingando: Em quais lugares se dá a produção dessas identidades e diferenças?
* No contexto parental (na família);
* Na comunidade local;
* Na escola prioritariamente dita (local onde são acentuadas e/ou até mesmo nascem lá):
* Na mídia de uma maneira geral e na televisão de uma maneira específica, á partir da disseminação de uma identidade-referência localizada dentro de um certo grupo etnicoracial.
O comum é marcado pela identidade, que é visto como aquilo que os torna igual, no Brasil se sobressai os brancos ou estado-unidenses

Na Escola as identidades e diferenças são evidenciadas em todos os espaços escolares, porém, pode se dizer que a sala de aula é o espaço escolar onde as identidades e diferenças têm seus territórios mais demarcados, nas relações cotidianas entre docentes e discentes e discentes e discentes.

E como essas diferenças são perpetuadas?
Á partir do referencial branco, ou seja, meninas e meninos negros têm suas identidades construídas á partir da identidade referência branca. De tal modo se tornam diferença mesmo antes de suas entradas nas instituições de ensino.
Por conta disso, várias implicações perpassam os seus cotidianos escolares, influenciando na construção de sus subjetividades.

Onde estão essas outras possibilidades?
Nas culturas invisibilizadas pelo currículo escolar,é preciso criar um movimento contrário a "falsa igualdade" e a massificação e homogenização da cultura, dando visibilidade, espaço as manifestações culturais da população discente, tornando o ambiente pedagógico espaços propícios a essas manifestações, afim de corresponder as necessidades e expectativas dos discentes " legitimação das culturas populares".
Como sugestões de encaminhamentos do trabalho docente, têm se como ação inicial, traçar um perfil da (s) comunidade (s) da (s) qual/ quis seus alunos/ alunas são egressos, de preferência com a participação direta do docente.
Á partir desse mapeamento cultural é possível elencar as facilidades e dificuldades encontradas no trabalho com as manifestações culturais encontradas e assim fazer um diálogo com o currículo escolar e propor ações pedagógicas, numa perspectiva interdisciplinar.

Cuidados a serem tomados:
* Fugir das inserções curriculares " turísticas", ou seja, fazer com que as manifestações curriculares apareçam no currículo escolar apenas em datas pontuais;
* Restringir as discussões sobre a situação de desvantagem social da população negra apenas na consciência negra;
* Perpetuar o " mito da democracia racial", ao utilizar argumento de todas e todos brasileiros serem mestiças/os e, por conta disso, não haver diferenças entre todos nós por sermos humanos.
* Não estar atentas/ atentos as manifestações racistas explicitas e/ou veladas acontecidas em sala de aula ou em quaisquer outros lugares e/ou momentos vivenciados na escola. A intervenção docente nesses eventos é crucial importância da desconstrução dessas manifestações.

Essas reflexões devem estar presentes na escola durante todo ano desde a educação infantil até o ensino médio em uma perspectiva mais abrangente.
Deve-se estar atento sobre a identificação da hegemonia cultural branca e sobre a importância da desconstrução dessa hegemonia e seus benefícios á população discente das escolas públicas brasileiras.
A realização da descolonização e justiça curricular (romper com o currículo europeu e inserir conteúdos que venha do continente africano, asiático), a questão autoral permeando essas desconstruções ( o aluno estar lá, tendo suas buscas e expectativas, seus saberes permeando a escola), tal como a busca de um estreitamento entre as/os discentes e a escola.