Disciplina: Convivência
Democrática
Vídeo-aula 24: Gênero e
diversidade sexual: desafios para a prática docente. Por: Claúdia Vianna.
Visualizada em: 14/04/2013.
" Após
uma breve passagem pelos conceitos de identidade e diferença, serão
apresentadas algumas sugestões de encaminhamento do trabalho docente a partir
de experiências realizadas em escolas públicas. Estas, engendradas com base nas
manifestações culturais populares, comuns ao cotidiano discente local.Quais as
contribuições do conceito de gênero para a educação? Como as relações de
gênero, e a diversidade sexual que delas faz parte, afetam as práticas e
interações estabelecidas no espaço escolar? Essas questões e também a enorme
dificuldade em se romper com os padrões tradicionais de gênero são abordadas
nesta vídeo-aula."
Como as
relações de gênero e de sexualidade afetam as práticas e as relações no
contexto escolar?
É importante
consideramos que a relação de gênero e diversidade sexual se constitui nos
campos de Direitos Humanos.
“O estado e suas políticas nacionais e
locais interpretam e regulam várias das concepções de família, reprodução,
educação, estilo de vida, muitas delas entrelaçadas com a construção das
relações de gênero."
Temos á partir das políticas
nacionais:
* Mudanças de Costumes;
* Aumento das políticas públicas
voltadas para o tema;
* Investigações e produções de
conhecimento sobre o tema;
* Criação de Novas leis, como por
exemplo, a Lei Maria da Penha, lembrando que antes desta a honra masculina era “lavada”
com o sangue da mulher, e isso era visto com naturalidade.
Percebemos
então que o Estado tem o poder de regular as relações sociais.
A questão de gênero
estabelece uma imbricação com sexualidade, as quais são sexualmente
construídas.
No Brasil, á
partir dos anos 90, ocorreu o reconhecimento de novas demandas no âmbito de
direitos a questão de gênero e de sexualidade, tais como a luta para a eliminação
da discriminação contra as mulheres, com forte influência dos organismos internacionais
e movimentos sociais, determinando inclusive a introdução da questão de Gênero
e da Sexualidade no currículo escolar.
Os “Parâmetros
Curriculares Nacionais: Ótica de Gênero (Governo Fernando Henrique Cardoso)
visa abordar a orientação sexual com ênfase no conceito de sexualidade, com os
conteúdos divididos em três blocos: Corpo (matriz da sexualidade), relações de
gênero e prevenção DST/ AIDS.
Apesar da
importância desses parâmetros enquanto documentos políticos-normativos para
educação brasileira, o mesmo ainda é alvo de criticas, tais como:
* caráter centralizador e
prescritivo;
* precária aplicação das
diretrizes curriculares que estão ali inscritas;
* falta de formação inicial e
continuada docente para dar conta da temática;
* dificuldade de abordar esse
tema no cotidiano escolar;
* tratamento dos temas
transversais dedicados a essa temática da orientação sexual (corpo, saúde e
doença);
* Falta de destaque a diversidade
sexual.
No governo Lula
surgem vários programas para trabalhar a questão de gênero e diversidade
sexual, porém com a dificuldade de unificação das ação isso vai fragmentando e
desarticulando os programas criados com modos distintos de responder as
questões sociais e até mesmo enfraquecendo as “lutas”.
A
discriminação aos homossexuais ainda é enorme no nosso país, pesquisas mostram
que 1/4 dos alunos não aceitaria um amigo homossexual, ou seja, ainda temos uma
hierarquização da heterossexual em detrimento da homossexualidade.
Através de
exemplos dados vimos que a discriminação ao homossexual é muito mais assumida
pela sociedade em geral do que qualquer outra discriminação existente, uma vez
que há muita dificuldade de aceitar e compreender essa diferença, gerando uma “distância
social" (família, escola, etc).
Diante desse
contexto de gênero e diversidade social os desafios para prática docente estão
em "tirar as vendas dos nossos olhos", sair da naturalização e da
reprodução de estereótipos de gênero, sair da heteronormatividade, trabalhar
com vários modelos de feminilidade e masculinidade.
É preciso
pensar na conscientização e na formação docente para se trabalhar de forma
coerente sem fortalecer e reproduzir as práticas sociais que cultua o preconceito
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