quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Vídeo 28. Aula- O fenômeno do bullying.


Disciplina Educação e Valores
Vídeo 28. Aula- O fenômeno do bullying. Por: Kátia Pupo

            Diante da falta de uma palavra em português que trouxesse o significado a palavra de origem anglo saxião foi utilizada, a mesma significa:
“Bullying: Todas as atitudes agressivas, intencionais que ocorrem repetidamente sem uma motivação evidente.”
           
            A mesma pode ocorrer de uma criança ou jovem em relação à outra, ou ainda de um grupo de crianças ou jovem em relação a outro grupo. Evidencia a desigualdade de poder e incapacidade de defesa dos jovens e crianças envolvidas.
            São as principais atividades de bullying: humilhação, xingamentos, difamação, constrangimento, menosprezo, intimidação, ameaças, exclusão, perseguições, ou algo mais direto como, agressão física ou roubo.
            Antigamente o bullying era considerado como atitudes inevitáveis e que nada poderia ser feito para romper com estas.
            As pesquisas de bullying são feitas á 30 anos, não sendo este um fenômeno novo.
            O fenômeno do bullying, não acontece apenas dentro da escola, mas dentro de ambientes que reúnem jovens e crianças, e inclusive adultos, mas como a escola é um lugar com número maior de crianças e jovens, acaba sendo um local privilegiado para que isso aconteça.
            Segundo a pesquisa feita pela Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção á Infância e a Adolescência- ABRAPIA, 40,5% dos adolescentes já passaram pelo bullying como vítima ou alvo em sala de aula sendo a falta de interferência do professor na situação a causa o principal agravante na situação, 50% das crianças ou jovens que sofrem bullying não denunciam, afim de não expor ou decepcionar os responsáveis.
            A pesquisa mostra que, tanto meninos quanto meninas sofrem bullying, porém com os meninos este fenômeno está mais ligado a agressão física, enquanto que as meninas está ligado á intrigas e exclusão (fofocas e difamação).

            Algo percebido pelo educador é a diferenciação do que brincadeira (de mal gosto) do que realmente é bullying para que este não insira um evento pontual como se fosse um fenômeno do bullying. O que caracteriza o bullying é a intencionalidade, a repetição, o prolongamento da ação (1 Semestre, 1 Ano ou até vários anos) além da falta de motivação do agressor, ou seja não há nada que justifique, na ação contra as vitimas para que ela sofra aquele tipo ação (não é uma reação) e o mais forte é o desequilíbrio do poder (a vitima não tem como se defender).
            Muitas vezes o mentor intelectual do bullying não o pratica, destacando novamente que o bullying pode ser desenvolvido por uma criança ou adolescente, ou um grupo de.
            Algumas características da criança que sofre bullying da escola apresentada nesta aula foram:
*Pouca habilidade de socialização;
*Características físicas, comportamento, condição socioeconômica ou orientação sexual diferente;
*Dificuldade de reagir ás agressões;
*Muitas vitimas tornam-se agressores do bullying
*Hiperativos e impulsivos (Consideradas personalidades provocativas);
*Não pedem ajuda por medo de retaliação ou por não que não querem decepcionar seus pais ou pessoas que amam;
            Foi destacado ainda que uma característica isolada não torna uma criança ou adolescente vítima ou agressor de bullying, é necessário avaliar a totalidade e a constância dessas atitudes.

Quanto aos agressores as principais características, são:
*Ambos os sexos;
*Desrespeito contínuo ás normas;
*Dificuldade de lidar com frustração;
*Liderança;
*Pequenos Delitos;
*Desempenho escolar regular ou insuficiente;
*Ausência de Culpa;
*Desafiadores e agressivos;
*Dificuldade de lidar com figuras de autoridade;
*Não tem nenhum escrúpulo de mentir para esconder seus atos de bullying.

            Os agressores podem iniciar suas provocações num nível "leve” e acabar desenvolvendo uma patologia.

            Outro "ator"desse cenário são os espectadores, que aumentam a impunidade e contribuem para o crescimento do bullying podendo ser:
*Passivos: que assistem e não reagem por medo de tornarem-se a próxima vitima;
*Ativos: dão apoio moral aos agressores.

            Outra forma de realizar o bullying o que é chamado "Cyberbullying"ou "Bullying Virtual", desenvolvida muito por adolescentes, ocorrendo através do uso de recursos da internet, com efeito multiplicador e duradouro, tendo como agravante o anonimato que gera a impunidade e aumenta o fenômeno.

As principais consequências do bullying:
*Tendência ao isolamento;
*Dificuldade de participar das discussões em sala de aula;
*Queda do rendimento escolar;
*Fobia escolar;
*Mudanças de humor;
*Insônia, sintomas de dor de cabeça, estômago (inventada ou somatizada);
*Irritadas, ansiosas ou tensas;
*Mais propensas a desenvolver transtornos afetivos, depressão, anorexia, bulimia, síndrome de pânico;
*Em casos graves: Suicídios e Homicídios.

Algumas sugestões de Resoluções ou Minimização do Bullying nas escolas apresentadas foram:
*Conscientização;
*Sensibilização da comunidade escolar;
*Criação de um ambiente confiança, solidário ás vitima;
* Criação de regras claras contra o bullying;
* Aplicação de sansões.

Vídeo 27- Aula : Práticas de cidadania.

Disciplina Educação e Valores
Vídeo 27- Aula : Práticas de cidadania. Por:
Visualizado em: 22/10/2012
Educação e Valores

      Essa vídeo aula sobre Projetos de Atenção Direta a comunidade, foi abordada a partir da perspectiva psicossocial, considerando a realidade social, através da concepção construtivista e histórico cultural, ou seja, acredita que o sujeito humano produz e é determinado pela realidade social.
      Nesta perspectiva a construção de conhecimento se da  pelo acumulo histórico que as sociedades produzem e que a partir disso formam as produções de "sentido" no Mundo, a forma com que cada sujeito ou grupo vê o Mundo.
       A perspectiva psicossocial é construída a partir de um processo dialético de transformação, ou seja, se da a partir da interação dinâmica e constante e do processo discursivo.
      Neste sentido é percebido que os valores de crenças e representações, assim como as doenças são vistas e concebidas através das atribuições de valores sociais, propósitos atribuídos pelas experiências vivenciadas por pessoas ou grupos.
      O que tudo isso tem haver com projetos de buscam o reconhecimento e a efetivação na garantia da cidadania?
      Para se propor um projeto é necessário conhecer as características e contextos de vida da população que pretendemos ter como publico alvo, criando parcerias para conhecimento dos diferentes saberes, sem menosprezar os saberes popular, ou até mesmo super valorizar os saberes científicos, mas sim mediando, buscando a compreensão do sentido de criação e representação dos mesmos, enquanto sujeito e/ou grupo.
     Nesta visão consideramos o sujeito como " sujeito ampliado ", ou seja, composto por sua compreensão  psicológica, emocional, resultado do intercruzamento das dimensões histórico culturais, reconhecendo as diferentes formas de produção da subjetividade que implicam em crenças e assim determinam posturas e até mesmo o modo de agir de cada um.
      Resumindo, nem sempre aquilo que é bom para gente enquanto pessoa ou profissional é visto como bom para o publico que vamos trabalhar.
      Diante de todas essas conceituações  feitas, são indicadas como etapas para criação de um projeto social, ou de atenção direta a comunidade, bem sucedido:
Porque não há nada oculto que não venha a ser revelado, e nada escondido que não venha a ser conhecido e trazido à luz.
Lucas 8:171- Aproximação detalhada e sensível ao campo, ou seja, caracterização e contextualização;
2- Criação de parcerias: conhecer a dinâmica, os valores, as convicções, origem das pessoas e os lideres locais ( " porta vozes da comunidade") ;
3- Problematização das demandas e definição dos temas do projeto, ou seja, transformar as solicitações realmente em temas, buscando sempre as causas);
4- Definição do publico alvo feita a partir do diagnostico ;
5- Definição da metodologia e de estratégias de intervenção para se atingir os objetivos propostos  ;
6- Definição dos resultados esperados (para poder verificar os efeitos, impactos e valor da continuidade do projeto);
7- Criação do cronograma, não com a intenção de "engessar" o projeto, mas de organizar suas ações .
    
      No serviço social a vertente dialética é tida como ideal e a que mais se identificam os assistentes sociais, buscar conhecer a realidade e partir das necessidades apresentadas como proposta de projetos é algo muito trabalhado em nossa formação.
      Quando iniciei meu trabalho na escola que exerço atualmente a função de coordenação geral, a mesma estava sendo implantada , tratava- se de uma escola mantida única e exclusivamente por empresa, através de uma ação de Responsabilidade Social, oferecendo atendimento gratuito a população residente a um bairro de periferia (o maior de nosso município), o qual era localizado no entorno da referida empresa. Uma realidade nova para todos.
      A fim de conhecer um pouco mais sobre essa população, eu como assistente social na época fui até as casas, conjuntamente com uma colega de profissão de outro projeto e fizemos um pré cadastro das famílias que tinham crianças de 0 à 02anos de idade ( idade que iríamos começar a atender).
      Posteriormente a aquele contato fiquei realmente abismada com a diferença de perfil entre aquela comunidade e as outras duas que estagiei no período da faculdade, todas de periferia e de um mesmo município. Em uma brincadeira de “vou levar o bebe embora" após pega-lo e me "apaixonar" por ele, a resposta séria e firme da mãe de, "pode levar”, me fazia perceber a necessidade de trabalhar inicialmente a afetividade dessas famílias.
     Hoje à 07 anos trabalhando com esse publico alvo ainda tenho muitos desafios e considero a escola vitoriosa em muitos outros, a parceria escola e família é muito forte, antes de iniciar nossas aulas com as crianças tivemos nosso primeiro momento com a família que sentou na carteira, brincou com os brinquedos e se encantou com a educação infantil.
     Algumas vezes quando me sinto no papel de "julgadora" percebo que a minha visita ao bairro já perdeu a validade e devo voltar para assim como no principio buscar a compreensão dos valores desta comunidade e ter novas inspirações de ações efetivas e que realmente vão de encontro às necessidades e buscas destas famílias.
      Outro aspecto que refleti também foi: como uma escola utiliza um projeto de outra escola se seu publico é característico de todas essas subjetividades pontuado acima?
  

domingo, 21 de outubro de 2012

Vídeo 26- Aula: Estratégia de Projetos e Educação em Valores.


Disciplina: Temas Transversais
Vídeo 26- Aula: Estratégia de Projetos e Educação em Valores. Por: Ricardo Pataro
Visualizada em: 21/10/2012

            Dando continuidade á aula anterior, foi utilizado como base o exemplo do projeto “Trabalho Infantil e Educação no Brasil", desenvolvido com crianças de 10 á 11 anos do ensino Fundamental e que teve como base o artigo 26, que prevê o direito ao estudo.
            A ênfase foi dada em duas questões:
1- O que governo pode fazer para ajudar as crianças a estudarem?
2- Porque existe exploração infantil?

            Dentro do planejamento pedagógico de aproximação do tema o professor inseriu vários recursos dentre eles um vídeo que falava sobre "Renda Per Capita" e logo foi indagado sobre o significado e assim o professor precisou se planejar uma aula para corresponder a essa necessidade de conhecimento, com conteúdos matemáticos, utilizando a renda de suas próprias famílias.
            Diante deste conhecimento as crianças passaram a realmente compreender a diferença de suas rendas e sua condição econômica e social que de uma grande maioria que vive na linha da pobreza.
            Outra estratégia utilizada no projeto foi a criação de uma narrativa entre uma criança que trabalha e seu patrão, o qual oportunizou aos alunos além da reflexão e/ou conscientização critica do tema em aspectos sociais e políticos, utilizar também os conteúdos aprendidos na disciplina de português. Além da busca de tornarem-se um sujeito propositivo e interventivo na referida situação.
            Ainda como atividade do projeto existiu a troca de cartas entre as escolas (particular e pública) e posteriormente decidiram comprar jogos para a outra escola, uma vez que perceberam a diferença econômica existente entre ambas e isso oportunizou mais uma vez a utilização de conteúdos matemáticos, através de pesquisas de preços, somas, divisão dos valores entre os alunos.
            Para se fazer a entrega dos presentes, foi utilizado conhecimentos de geografia, uma vez que eles fizeram mapas para conhecer o trajeto á ser percorrido.
Voltando da escola um novo "imprevisto", os alunos quiseram escrever poesias para os seus "novos amigos”.

            Algo muito importante neste projeto, foi que durante o desenvolvimento do projeto existiu uma mudança de pergunta de: O que o governo pode fazer (...) para:
"O que eu posso fazer para ajudar as crianças estudarem?"
            A meu ver este é um aspecto central, uma vez que nos tornamos realmente sujeitos dos processos, percebendo quem somos, onde estamos, para onde queremos ir!
Impossível não relacionar essa vídeo aula com todas as outras de Educação e Valores. Uma disciplina enfatizou o lado do fazer e outra do porque fazer!
Percebendo a importância da interdisciplinaridade, da transversalidade (como forma de se trabalhar valores) e da rede como estratégia e meta á ser ampliada, me recordei de um texto que recebi por e-mail:

“A inteligência sem amor ( autor desconhecido)
A inteligência sem amor, te faz perverso
A justiça sem amor, te faz implacável
A diplomacia sem amor, te faz hipócrita
O êxito sem amor, te faz arrogante
A riqueza sem amor, te faz avaro
A docilidade sem amor te faz servil
A pobreza sem amor, te faz orgulhoso
A beleza sem amor, te faz ridículo
A autoridade sem amor, te faz tirano
O trabalho sem amor, te faz escravo
A simplicidade sem amor, te deprecia
A oração sem amor, te faz introvertido
A lei sem amor, te escraviza
A política sem amor, te deixa egoísta
A fé sem amor te deixa fanático
A cruz sem amor se converte em tortura
A vida sem amor…não tem sentido”

E a educação sem trabalharmos valores com os alunos? Nos torna o que? E favorece que os tornaem (alunos) o que?

Vídeo 25- Aula: Estratégia de Projetos e a Construção da Rede


Disciplina: Temas Transversais
Vídeo 25- Aula: Estratégia de Projetos e a Construção da Rede.  Por: Ricardo Pataro.
Visualizada em: 21/10/2012

            Neste vídeo aula somos relembrados que todo projeto parte inicialmente da definição de um tema transversal. Posteriormente ocorre uma aproximação do mesmo, podendo ser utilizado textos, imagens, vídeos, etc, sendo essa uma de extrema importância, pois a partir desta aproximação temos a próxima etapa que seria a escolha da temática.
            Na sequencia é feito junto aos alunos um levantamento e elaboração das perguntas que vão nortear o projeto.
            Feito os passos acima é realizado um planejamento pedagógico, buscando pré organizar todas as "disciplinas" e/ou "conhecimentos que o projeto irá trabalhar, conjuntamente com a temática transversal, assim como as ações e atividades que serão envolvidas, formando-se assim um "teia” uma "rede".
            Para ilustrar esta aula, foi utilizado exemplos práticos, demonstrando a existência de alguns imprevistos no percorrer do projeto, relacionados a necessidade de abordar ou aprofundar conteúdos curriculares, o que ao me ver é de grande valia pois fazendo a relação dos conteúdos com a prática estamos realmente "educando para a vida".

Recapitulando.  As etapas de Projeto em Rede são:
I- Definição de um tema transversal (tema amplo, relacionado á formação de valores) á ser trabalho. A escolha é feita pela escola ou pelo professor;
II- Estudos/ Aproximação do tema, através de recursos diversos;
III- Escolha da Temática (Delimitação);
IV- Elaboração das perguntas para o projeto, partindo do interesse dos alunos ou alunas;
V- Planejamento docente, definindo as estratégias e metodologia articulando as perguntas com os conteúdos disciplinares;
VI- Busca de respostas coletivas ás perguntas feitas anteriormente. Registro dos percursos das atividades e relações entre disciplinas curriculares;

sábado, 20 de outubro de 2012

Vídeo 24- Aula: Diversidade/ Pluralidade Cultural na escola


Disciplina Educação e Valores.
Vídeo 24- Aula: Diversidade/ Pluralidade Cultural na escola. Por: Daniele Howalisvski.
Visualizada em: 10/10/2012

            Esta aula foi iniciada com a retomada do surgimento da escola, uma instituição que era elitista que não tinha o principio de inclusão, resumindo a escola não era para todos.
            Com a transformação da escola, a qual passa a ser um espaço para todos, passamos a discutir alguns temas: diferença, diversidade, pluralidade e multiculturalismo, termos esses com diferenças de epistemologia.
            É notório que toda a dificuldade de convivência vivenciadas na atualidade está pautada na percepção do outro como fonte de todo o mal, sujeito esse marcado por uma cultura e visto como alguém a ser tolerado ou desprezado.
            Nesta linha de pensamento não buscamos a compreensão do outro e a aceitação, mas algo mais grosseiro e impositivo, vemos a diferença como se o outro fosse apenas a diferença. Na minha opinião isso é  muito evidente nosso relacionamento com pessoas com necessidades especiais, ou como chamada “ deficiência”, onde muitas vezes nos pegamos falando com o cuidador de um cego por exemplo como se ele fosse surdo, a pessoa passa a ser a deficiência em nossa percepção e não ter a deficiência e diversas outras competências e características.
            A retomada das legislações que embasam essa inclusão também é algo novo, o primeiro documento que trouxe à tona o tema da pluralidade foi a Constituição de 1988, determinando o ensino da história do Brasil. Posteriormente, em 1996 a Lei de Diretrizes e Base da Educação- LDB, veio pontuando a diferença com o foco da inclusão indígena. Já em 1998 os Parâmetros Curriculares Nacional defende a inclusão da  pluralidade cultural como um tema transversal à ser trabalhado nas escolas.
            Em 2003  lei 10.633 traz a educação o desafio de trabalhar a Educação da Cultura Afrodescendente e em 2008 a lei 11.645 faz a complementação com a cultura indígena.
            Em 2005 as Diretrizes Curriculares aborda a questão Étnico Racial em 2007 surge o Programa “ Ética e Cidadania” e em 2010 surge o “Estatuto da Igualdade Racial” .
            Diante de todo este embasamento legal nos é feito os seguintes questionamentos:
      Como a escola pode trabalhar a temática da pluralidade?
Todos os educadores estão preparados para lidar co todas as formas de diferenças?       É possível se ensinar sobre o outro sem torná-lo alguém exótico? Como educar nas diferenças?
      Como garantir as particularidades dos direitos na universidade dos direitos?